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Esta reportagem multimídia é um trabalho de conclusão de curso (TCC) que busca mostrar um pouco da pluralidade do AMOR.
O vídeo ao lado fala um pouquinho mais sobre o projeto e também explica como funciona o site e sua navegação. Assista a ele e saiba as possibilidades que o projeto "COMtaí: a família do amor" pode te proporcionar.
Esta reportagem multimídia foi produzida com muito amor, cuidado, apuração e o máximo de acessibilidade possível. Ela conta com uma média de 9 gráficos, 14 vídeos, 40 artes, 44 imagens, 92 áudios e demais elementos de interatividade, todos contendo sua devida função de acessibilidade. Para além desses elementos, o projeto COMtaí teve o prazer de entrevistar 11 profissionais e conhecer um pouco mais da história de 35 pessoas que falaram sobre os seus amores. E para cada uma delas foi feita uma ilustração autoral para que fosse possível representá-las junto aos relatos e também homenageá-las pela participação.
Este site é composto por 8 seções, que juntas, constroem essa narrativa sobre o amor e toda a sua diversidade. Clicando nos ícones abaixo você poderá ir diretamente para a sessão desejada.
Se quiser, você também pode acessar todos os relatos concedidos a este projeto. Basta clicar aqui para encontrar essas histórias compiladas no livro "Relatos de Amor". E para os pequeninos temos o livrinho infantil "A Família do Amor", que traz de forma mais lúdica toda a diversidade que essa emoção apresenta. Embora seja voltado para o público infantil, todas as idades estão convidadas a ler essa obra, clique aqui.
Sejam bem vindos e aproveitem!
AH, O AMOR... nós todos, em algum momento de nossas vidas ouvimos essa palavra pela primeira vez e descobrimos o seu significado. Pode ter sido através da família, amigos, professores ou até mesmo dos meios de comunicação. Fato é que a gente aprende sobre o que é o amor. Levando isso em conta, podemos dizer que todos nós já vivenciamos essa emoção e, alguns acreditam que, sabemos quase que inconscientemente o que ela é e o que representa. Mas, se pararmos para pensar, o que exatamente é o amor?
Para iniciarmos nossa jornada pela compreensão do amor, podemos partir do básico: de onde surgiu essa palavra… A-M-O-R? Esse conjunto de letras tem seu sentido etimológico, ou seja, sua origem, vinda do latim “amor, oris”, que significa amizade, afeição e desejo intenso. Mesmo que a sua escrita tenha permanecido a mesma, amor (latim)/amor (português), o seu significado foi modificando um pouco com o passar do tempo. Hoje, o dicionário diz que esse sentimento é:

Utilizando esse significado como nosso ponto de partida, observamos que o amor pode ser compreendido como um forte sentimento que o ser humano desenvolve por algo ou alguém. Mas antes de falarmos especificamente sobre o amor, vamos entender um pouco mais sobre as emoções e os sentimentos! Para início de conversa, precisamos compreender que não existe apenas uma definição fixa sobre eles, mas sim vários jeitos de olhar para esse assunto. Alguns autores, por exemplo, fazem uma diferenciação entre essas palavras, sentimento e emoção, mas aqui iremos tratá-los como sinônimos, ok?
Então, quando abordamos o tema emoções, é muito comum fazermos uma associação ao velho embate entre mente e coração, razão e emoção. E se "entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena", precisamos entender melhor essa rixa que é normalizada por nós.
A filósofa Caroline Izidoro Marim diz que existe um preconceito acerca das emoções, por conta da hierarquia que muitos pensadores e filósofos fazem, ao colocar a razão como superior às emoções. Mas, é muito perigoso fazer tais distinções e colocar as emoções com um peso menor na balança. Você deve estar se perguntando: por que tal perigo? A resposta é que ao entender as emoções como inferiores mediante a razão, perceberemos que qualquer coisa associada a esses fenômenos também sofrerá com essa hierarquia de poder.
O termo emoção, por exemplo, já foi muitas vezes atrelado, de forma preconceituosa, a pessoas consideradas menos racionais. Por exemplo, antigamente os espaços políticos eram ocupados pelos homens, pois a eles era associado a mente, a inteligência, o poder, a superioridade. Enquanto as mulheres eram excluídas desses espaços e ficavam responsáveis por cuidar do lar, dos filhos, do marido... Porque entendiam elas como seres emocionais e por isso inferiores.
Mas, ao longo dos anos, essa ideia de inferiorizar os processos emocionais em detrimento da razão foi se desconstruindo, pouco a pouco. Deste modo as emoções começaram a ocupar um maior espaço nos debates da filosofia da mente, bem como começaram a surgir também inúmeras pesquisas e novas visões acerca do amor.
Amor, Love, Amour, Salang, Liebe… Nos diversos idiomas em que esse sentimento é representado, ele sempre carrega um sentido semelhante. No entanto, suas configurações mudam muito de acordo com alguns fatores. Você agora deve estar se perguntando... “ora bolas”, se existe um significado para o amor e todos nós somos quase que especialistas sobre ele, como é possível que esse mesmo amor possa ser tão diverso e complexo? Bem, a resposta para esse questionamento é que podemos analisar o amor de várias maneiras... por uma visão mais biológica, psicológica, antropológica ou até mesmo histórica.
Como já dito acima, o amor viu seu sentido sendo transcrito de diversas maneiras ao decorrer dos anos e dos povos. Para os gregos, por exemplo, esse sentimento não era resumido em apenas uma palavra. Naquela época eles utilizavam vários termos: Ágape, Eros, Philia, Storge. O uso de cada palavra dependia de para quem o sentimento era direcionado e como este era expresso. Assim como eles, muitos outros povos e culturas foram moldando seus conceitos sobre o amor... e para ilustrar melhor vamos ver agora com a professora de história da Universidade Federal de Viçosa, Patrícia Vargas, como essa emoção era construída e compreendida mediante alguns períodos históricos.

colagem que possui três elementos principais. 1- homens conversando 2- um cérebro 3- braços masculinos levantados com a mão fechada

colagem que possui três elementos principais. 1- homens conversando 2- um cérebro 3- braços masculinos levantados com a mão fechada
ARRASTE A SETA

colagem que possui três elementos principais. 1- uma mulher sentada triste com um balão de fala com um x nele, representando a falta de espaço de fala para as mulheres 2- um coração 3- duas mãos se tocando

colagem que possui três elementos principais. 1- uma mulher sentada triste com um balão de fala com um x nele, representando a falta de espaço de fala para as mulheres 2- um coração 3- duas mãos se tocando
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Como vimos com a Professora Patrícia, o amor foi vivenciado, interpretado e expressado de diversas formas, que nunca fogem muito do seu sentido original, mas que mudam um “bocado” de acordo com o tempo, cultura, espaço e experiência pessoal de cada um. E, falando nisso, podemos observar essas mudanças através das aparições, simbologia da palavra amor, que foram feitas ao longo de vários períodos da história humana.
O amor está no ar... ele está nos filmes, nos livros, nas pinturas, nos poemas, nas músicas, na arte e comunicação de modo geral. Podemos admirá-lo sendo representado de variados modos através de nossos elementos culturais.
Quem de nós nunca ouviu falar de “Romeu e Julieta”? Do anjinho cupido que sai atirando suas flechas para unir casais destinados ou até mesmo da lenda Akai Ito, que diz que todos nós nascemos com um fio vermelho, invisível, que nos liga ao nosso grande amor romântico. Existe uma infinidade de obras que tratam sobre o amor, cada uma trazendo suas visões, significados e nuances.
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Isso quer dizer que não existe uma única maneira de interpretar o amor. Por isso, podemos concluir que essa emoção não pode ser definida apenas de uma forma. Isso explica toda a pluralidade que o amor apresenta e como diz na música “Principia”, do cantor Emicida, ele é essencial para nossa vida e se configura no conjunto de cores e amores.
“Vejo a vida passar num instante. Será tempo o bastante que tenho pra viver? Não sei, não posso saber. Quem segura o dia de amanhã na mão? Não há quem possa acrescentar um milímetro a cada estação. Então, será tudo em vão? Banal? Sem razão? Seria, sim, seria se não fosse o amor. O amor cuida com carinho, respira o outro, cria o elo. No vínculo de todas as cores.”
